Distintivos Nacionais (Bandeira Nacional e Distintivos Pessoais) | Distintivos Pessoais (1907) |
Antigas Bandeiras Navais desde D.João II até ao início do séc.XX | Distintivos de Comando desde D.João II até ao fim da monarquia |
Distintivos dos Navios da Armada Real no séc XIX | Sinais Privativos (Registados no CNL até 1942) |
Sinais Particulares (de associados da ANC) | Código Internacional de Sinais (C.I.S.) de bandeiras |
Os distintivos podem ser nacionais e pessoais. Identificam a nacionalidade de uma embarcação e quem se desloca nela. Ainda hoje se podem ver algumas companhias mercantes que, além de terem as suas cores nas chaminés, mantêm um distintivo da companhia outrora usado nos barcos à vela comerciais.
NACIONAIS
Todas as embarcações devem ter içadas à ré a Bandeira Nacional. Quando a navegar a bandeira é mantida, de um modo geral, sempre içada. Quando fundeado ou atracado deve ser içada às 8 horas e arriada ao pôr do Sol. Nos navios da Armada em estado completo de armamento e comandados por um oficial de Marinha são usados os seguintes distintivos:
A Bandeira Nacional içada à ré (do nascer ao pôr do Sol)
a Flâmula no tope do mastro (sempre içada)
e o Jaque içado à proa (apenas quando fundeado ou amarrado do nascer ao pôr do Sol).
PESSOAIS
Em barcos de recreio de um só mastro o distintivo pessoal do proprietário iça-se no vau de estibordo e nos de dois mastros são içados no mastro da mezena. Estes só se içam quando o proprietário está a bordo. Algumas entidades oficiais, como o presidente da República ou o Chefe do Estado-Maior da Armada, têm distintivos pessoais próprios. São içados no tope do mastro grande em vez da flâmula desde que o comandante do navio dependa directamente do oficial de patente superior com direiro a distintivo especial. Também podem ser içados à proa. Alguns dos que se descrevem abaixo, facilmente identificáveis, estão desactualizados.
Presidente da República |
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1º Ministro |
Ministro da Defesa |
Ministro da Marinha |
Presidente da Assembleia Ministros Governadores regionais |
Chefe Estado Maior das F.A. |
Pres. do Sup.Tribunal Militar |
Almirante |
Chefe Estado Maior da Armada |
Vice-almirante |
Contra-almirante |
Comodoro |
Capitão-de-mar-e-guerra |
Capitão-de-fragata |
Comandante mais antigo numa reunião de navios |
Director-geral dos Serviços de Fomento Marítimo |
Intendente das Capitanias |
Capitão de porto |
Adjunto de Capitania |
Governador-geral de província ultramarina |
Governador de província ultramarina |
Governador de districto de província ultramarina |
Governador civil |
Oficial General do Exército ou F.Aérea |
Comandante Chefe das províncias ultramarinas |
Distintivos pessoais usados na Armada Real Portuguesa no final da monarquia. Tal como nos nossos dias, mas com distintivos diferentes, estes servem para identificar as pessoas ou patentes que vão a bordo.
Pessoa da Família Real Ministro da Marinha |
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Conselho do Almirantado |
Almirante |
Vice-Almirante |
Contra-Almirante |
Contra-Almirante (debaixo de ordens) |
Capitão de Mar e Guerra Comandante de Divisão Naval |
Comandante Superior numa reunião de navios |
Governador (Províncias Ultramarinas) |
Governador (Distrito do Ultramar) |
Inspector do Arsenal |
Chefe de Departamento |
Capitão do Porto |
Estas foram as bandeiras navais usadas desde o reinado de D.João II até ao início do nosso século. O uso de bandeiras como forma de distinguir nacionalidades é relactivamente moderno. No início do séc.XV os navios portugueses distinguiam-se pelas formas do casco, tipo de aparelho e pela cruz vermelha da Ordem de Cristo que traziam pintada nas velas. Os navios de combate arvoravam os estandartes reais, e mais frequentemente os guiões e as bandeiras dos seus capitães. A partir do reinado de D.João II, que fixou definitivamente a forma do escudo de armas, e com o desenvolvimento da navegação tornou-se necessário o uso de bandeiras distintivas da nacionalidade portuguesa.
Bandeira das Quinas A bandeira heráldica de Portugal |
Bandeira das Quinas Reais |
Navios de Comércio |
Insígnia particular de D.Manuel. Foi usada pelos navios mandados à descoberta e pelos que navegavam para as conquistas. Por vezes tinha no reverso o escudo das armas reais ou a cruz da Ordem de Cristo enterlaçada de ouro. |
Bandeira de Cristo também chamada da Cruz. Era a bandeira das armadas da Índia, e a princípio só o capitão-mor a podia arvorar na sua nau. |
Variação da anterior com uma orla branca. |
Grandes estandartes que eram envergados nos topos dos mastros e nas vergas |
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Durante o domínio espanhol os navios de comércio perderam pouco a pouco o hábito de arvorar a bandeira portuguesa, a qual era substituida pela espanhola ou de qualquer outra nação. Esta triste prática continuou ainda por muitos anos mesmo depois da restauração. No reinado de D.Maria desaparecem as bandeiras usadas até então, ditado pelo decréscimo considerável da navegação e pela extinção das empresas comerciais. Apenas continuam em uso as da armada do comércio e frotas do Estado do Brasil, a do Comércio do Brasil e generaliza-se o uso da bandeira branca com o escudo e a coroa.
Usada durante o domínio espanhol até 1616. A armada da Índia continuou a usar a cruz de Cristo. Durante a regência e reinado de D.Pedro II usada pela armada e navios mercantes com mais de 20 peças de artilharia. Generaliza-se o uso a partir de D.Maria |
Como à distância se confundia com a espanhola em 1616 o marquês de Alenquer, governador do reino,pôs uma ramagem sobre o branco. Esta aludia ao seu apelido Silva |
Estandarte real. Só podia arvorado pelo capitão-general da armada da coroa e pelo capitão-general dos galeões da Índia. Deixa de ser usada a partir do reinado de D.José |
Reverso do estandarte real |
Navios da armada do comércio e frotas do Estado do Brasil, que tivessem menos de 15 peças de artilharia. No reinado de D.Pedro II usada pelos navios mercantes com menos de 20 peças de artilharia |
Galeões da Índia. A partir de 1670 a coroa foi suprimida |
Navios mercantes do reino. Deixou de ser usada a partir de D.Pedro II |
Comércio da Índia |
Comércio do Brasil |
Comércio das missões. Chamavam a esta bandeira pavilhão para converter a América. O frade representava, segundo uns Sto.António, segundo outros S.Pedro Gonçalves Telmo |
Navios mercantes do Porto. Geralmente usado pelo comércio de cabotagem |
Bandeira ordinária ou seja a nacional |
Bandeira de guerra |
Armada e frota da companhia do Grão-Pará e Maranhão |
Armada e frota da companhia do Pernambuco e Paraíba |
Reino Unido de Portugal e Brasil. Bandeira nacional |
Governo de D.Miguel. Bandeira nacional |
Governo de D.Miguel. Jack nacional |
Regência da Ilha Terceira. Bandeira nacional |
D.Pedro IV. Estandarte imperial |
D.Pedro IV. Bandeira nacional |
Estandarte real desde 1834 |
Bandeira nacional desde 1834 |
Jack nacional |
Antigamente os capitães-mores das armadas e os capitães dos navios reais arvoravam, como distitivos de comando, guiões particulares das cores das suas armas. Devido à extensão destes distintivos descreve-se apenas os que foram adoptados depois da restauração, para indicar as patentes dos chefes.
Oficiais generais das mais altas patentes |
Cabos de esquadra e mestres de campo |
Oficiais generais da armada da Índia |
Cabos de esquadra e mestres de campo da armada da Índia. Esta já não apresenta a coroa, modificação de 1670 |
Oficiais generais da frota |
Cabos de esquadra e mestres de campo da frota. A letra deste dois últimos distintivos era: Sub tuum proesidium (sob o teu comando) Pro fide et patria mori (morrer pela fé e pela pátria) |
Com a extinção da armada da Índia e a frota do comércio os quatro últimos distintivos desapareceram. Os dois primeiros foram usados até à adopção da bandeira azul e branca. | ||
Desde 1833 distintivo de almirante |
Desde 1833 distintivo de Capitães de mar e guerra |
Desde D.João IV até D.João V Desde D.José até D.Miguel Desde D.Pedro IV até ao fim da monarquia |
No séc. XIX cada navio da Armada Real tinha um distintivo. Esses distintivos eram bandeiras numeradas de 1 a 0, içadas a tope dos mastros (grande, traquete ou gata), conforme o tipo de cada navio.
1 |
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3 |
4 |
5 |
6 |
7 |
8 |
9 |
10 |
A tabela seguinte indica o tipo de navio, o seu nome, o respectivo número do distintivo e o mastro onde içava.
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Estas flâmulas são alguns dos sinais privativos registados no Clube Naval de Lisboa até 1942. Estes sinais eram o sinal dos respectivos proprietários de embarcações e, segundo as regras de etiqueta, eram içados apenas quando se encontravam a bordo. Hoje em dia, na marinha de recreio, poucos proprietários têm o seu próprio distintivo, mas felizmente que alguns dos nossos associados vão mantendo esta antiga tradição viva.
Elysio Mendes |
Augusto F.Pinto Basto |
João V.C.Castell-Branco |
Augusto de Paiva Moniz |
Hugo O'Neill |
Jayme de V.Thompson |
Joaquim E.Leotte |
Manoel de C.Guimarães |
Manoel José d'Araujo |
José Maria Migueis |
José de Mendonça |
Charles Bleck |
Trindade Baptista |
J.P. de Lima |
Arthur Duarte Pereira |
Joaquim A.C. de Barros |
António José Sampaio |
José L.Ribeiro da Silva |
Henrique Rollim |
D. António de Heredia |
Alexandre Holbeche |
Ricardo Silva |
João Bregaro |
Henrique da S.Canuto |
Conde de Gimenez y Molina |
Domingos M.Cardoso |
Miguel Jacob Cruyff |
Conde de S.Mamede |
Desde os primeiros tempos da navegação que havia sempre uma bandeira que identificava a presença de uma personalidade a bordo. O Rei, o almirante, o capitão ou outra personalidade eram deste modo reconhecidos. Ainda hoje, esses distintivos existem na Marinha de Guerra. Se é certo que esses sinais começaram por ser sinais de nobreza ou comando, hoje em dia é apenas uma bonita tradição que alguns mantém. Actualmente alguns proprietários ainda têm um sinal particular que o identificam quando a bordo da sua embarcação.
Em barcos de recreio de um só mastro os sinais particulares do proprietário içam-se no vau de estibordo. Nos de dois mastros são içados no mastro da mezena. Estes só se içam quando o proprietário está a bordo.
Daniel Gouveia |
J.Pedro Katzenstein |
Miguel Macara |
Carlos Pinto Coelho |
José Dornellas |
Luis Emílio da Silva |
Rui Fonseca |
Adolfo Simões |
João Talone |
José Troufa Real |
José Baptista Fernandes |
João Baracho |
Teresa Gago |
João Cardoso |
Mário d'Oliveira |
José Dias |
Jorge Duarte |
Raúl Sousa Machado |
Ana Margarida Pires |
J.Paulo Pires |
Gonçalo Salema L.Matos |
Machado Pinto |
Ruy Ribeiro |
Manuel Viegas Tavares |
José Cardoso de Menezes |
Carlos Bleck |
Miguel Mourão |