Em 1731 John Hadley apresenta à Royal Society uma proposta de um instrumento novo. Trata-se do octante um instrumento que permitia tomar alturas de astros por meio de dois espelhos. É assim o primeiro aparelho da família dos instrumentos de dupla reflexão.
Visava-se o horizonte e a imagem reflectida do astro era trazida para o mesmo campo de visão do observador. Muito mais simples e rigoroso que o astrolábio, quadrante e a balestilha e que finalmente dava um grande impulso à possibilidade da obtenção da longitude com algum rigor. Os octantes antigos eram fabricados em madeira, normalmente mogno ou ébano, com a escala num limbo em marfim, osso ou latão. Já tinham vidros coloridos de modo a poder-se apontar ao sol protegendo a vista. A escala no início era em diagonal com subdivisões do tipo nónio de Pedro Nunes ou Vernier.
O octante ou oitante, chamado assim pela sua forma de um sector circular de 45º, permite medir angulos até 90º (dobro de um oitavo do circulo).
Interessante o facto de quando Edmond Halley, astrónomo e vice-presidente da Royal Society, faleceu em 1742 terem sido encontrados entre os seus papeis uma memória de Isaac Newton com uma proposta de um instrumento idêntico. Esta descrição constava das actas de 1699.
Será justo lembrar que o octante é já um aperfeiçoamento de um instrumento de funcionamento similar concebido por Robert Hooke em 1666, mas que tinha apenas um espelho.